quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Olha que aqui também já não se pode!!!!

Qual não é o meu espanto quando anteontem abri o jornal i e deparo-me com a seguinte notícia:
"Facebook proíbe promoção de tabaco, armas e...iogurtes?".

Claro que não pensei porque é que os iogurtes estão aqui incluídos, mas sim que a partir de hoje não posso mais promover o meu blog no Facebook....Logo agora que estava a aumentar a minha audiência!!!

Qualquer dia ainda vou preso...


terça-feira, 17 de novembro de 2009

Celebrar o Fumo

Hoje assinala-se o dia do não fumador.
É uma efeméride parva como a maioria destas datas que assinalam qualquer coisa com pouco significado.
Mas porquê o dia do não-fumador se quem querem atingir são os fumadores??? Então que lhe chamem dia do fumador. Ou têm medo? Têm medo de dizer fumador sem lhe pôr um não à frente?
E depois fazem um monte de actividades e saem coisas nos jornais e há reportagens na televisão e tudo e tudo e tudo.
Será que esta gente não tem mais que fazer sem ser martirizar-nos a cabeça? Deixem-nos em paz!
Pois que queremos fumar. Pois que queremos fazer fumo. Pois que o fazemos só para nós, porque os senhores e senhoras não fumantes são também não tolerantes ao fumo. Arranjem uma vida! Preocupem-se com o ar puro e com as abelhinhas a pôr o mel e com as formigas a construir o formigueiro, pá! Mas deixem-nos com o nosso fumo. Deixem-nos celebrar a fumaça.

Se assim é declaro, aqui neste momento, que o dia 24 de Novembro será o DIA DO FUMO. E 24 de Novembro porquê? Perguntam vocês. É que este blog fez um ano a 24 de Outubro, mas como só agora reparei e não me apetece esperar quase um ano para celebrar o DIA DO FUMO, decidi que seria o 24 deste mês que é já daqui a 8 dias. Aguardam-se, a partir de agora, ideias de actividades/encontros ou qualquer coisa do tipo que envolva fumo e que se possa realizar em convívio nesse dia.
E mais não digo!

domingo, 8 de novembro de 2009

Fado do cigarro



"Um cigarro e um beijo"

Pedi-te um dia um cigarro
Acedeste ao meu desejo
E tu num gesto bizarro
Em troca pediste um beijo

Com esta troca afinal
Que fizemos a brincar
O bolo não era igual
E tu ficaste a ganhar

Fumei-o por brincadeira
Achaste graça e sorriste
Puxaste de cigarreira
E outro beijo me pediste

Mas a culpa foi só minha
Beijar por coisa tão pouca
Não sei o que o beijo tinha
Que queimou a minha boca

Desse cigarro queimado
Um grande amor resultou
Mas em tipo o meu pecado
Do beijo nada ficou

Vocês são todos iguais
No amor e nos desejos
E eu jurei pra nunca mais
Trocar cigarros por beijos

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Porque é que não há mais como este?



'Bora imprimir e afixar aí por todo o lado???

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Fumo Maravilha



Fumar um cigarro é um prazer e por isso é a ele que está associado, nas suas múltiplas variantes:
O prazer intelectual, quando nos ajuda a pensar e a reflectir, quando nos ajuda a escrever e quando se torna uma “bengala” imprescindível ou até mesmo um instrumento/ferramenta útil de trabalho.
O prazer de relaxar, quando nos permite ficar no vazio e a pensar no nada. A ver a beata a arder.
O prazer sexual, quando nos permite mais uma partilha depois de “uma noite sem sono entre saliva e suor”, ou quando nos deixam sozinhos a desfrutar desse momento nosso, ficando com “gosto a outro sabor”. Que pode ser igualmente momento de prazer, mas outro prazer.
O prazer ansioso, quando nos acalma e nos faz parar. Quando nos conduz à razão antes da acção.
O prazer (ainda mais) viciante, quando é associado a outros. Álcool ou cafeína, são alguns desses exemplos.
O prazer sensual, quando nos permite usar o fumo como elemento de atracção…
O prazer do segredo, quando continuamos a não fumar à frente de alguém…
E o prazer de ouvir e ver o fumo retratado em “n” maravilhas, como a música e o cinema.
Quem não se lembra da Sharon Stone, na famosa cena do interrogatório, em “Instinto Fatal”? Para além da mais famosa “troca de pernas”, teve ainda outro momento auge:
“ - O que vai fazer? Prender-me por fumar?”

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Percebo a intenção...

... mas dá-me arrepios!

Obama nobel da Paz?

E Guantanamo?
E as tropas que ainda estão no Iraque?
E...
E...
E...
E as limitações aos fumantes?

Quero continuar a acreditar que não foram só palavras e que o "Yes, we can!" é mesmo verdade. Vamos ver se ele consegue.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Venham mais CINCO!

Venham mais cinco como o jornal i. Venham mais cinco com a coragem que este jornal teve a vários níveis. Inovou com coisas simples, mas que mudaram para sempre a forma de ler o jornal. Finalmente é possível, na praia ou em outro local ventoso, ler um jornal sem que as páginas nos fujam das mãos. Sim, porque eles tiveram a ousadia de colocar um par de agrafos que agarram as páginas.
Este jornal i tem uma imagem atractiva, uma leitura que cativa e reportagens/histórias que nos trazem qualquer coisa de novo.
Perguntam-se vocês se eu ganho comissão com as vendas do i... hehehe. Não, não ganho.
Mas fico ainda mais satisfeito quando, já depois de ter esta impressão do jornal, me chamam a atenção para um artigo que saiu na segunda-feira, cujo título é "O tabaco: não se trata só de saúde; trata-se de liberdade".
Houve alguém que conseguiu escrever sobre a hipocrisia de que temos comentado neste espaço, alguém que escreveu com ironia e inteligência coisas semelhantes ao que temos falado por aqui. Sobretudo, além de valorizar a capacidade do Sr. Miguel Ángel Belloso, fico ainda mais satisfeito com a coragem do jornal em publicar o artigo.
Parabéns por isso. Muitos parabéns.
Leiam com os vossos olhos aqui.

domingo, 27 de setembro de 2009

DIA DE ELEIÇÕES...

...é dia de fumar muito.
Hoje é um dia em que, de certeza, os nervos impossibilitam muita gente de respeitar a lei.
Não estou a ver nenhum dos nossos distintos políticos a sair da reunião para fumar... É tudo a fumar dentro da sala.
Se há algum vencedor no dia de hoje, ele é, com toda a certeza, o FUMO.
Vota MPF - Movimento Pró-Fumo!

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Brincar com o fumo

Brincar com o cigarro nos dedos.
Fazer fumo. Muito fumo.
Brincar.
Fazer "bolinhas" ou anéis.
Deitar fumo pelo nariz.
O antigo truque do fumo pelos olhos.
Cigarro aceso dentro da boca.
(...)
Existem múltiplas formas de brincar com o cigarro. De brincar com o fumo. Tantas, que quase se podia inaugurar uma disciplina... ou uma AEC.
Até podíamos contratar esta jovem... já que parece não ter grande coisa que fazer!!!





quarta-feira, 9 de setembro de 2009

DO CABARET PARA O CONVENTO….

Para ti, afilhada Lara:
Em Maio de 2005 conheci-a. Emanava serenidade, postura, responsabilidade, dedicação e paz.
No primeiro dia em que a vi, pedi-lhe um lápis emprestado. Ela, como sempre, tinha um lápis no seu estojo com o qual andava para todo o lado…

Dias mais tarde, mais solto e desenvolto, trabalhando sozinho no gabinete há uns ares que se soltam, recheando a sala com um aroma… digamos… pouco aprazível.
Eis que, sem estar à espera que alguém chegasse, ela surge na minha porta. Continuo a escrever, sentado em frente ao computador como se nada fosse. Ela, não querendo perder a postura por todos reconhecida, não quis sair imediatamente da sala. Ali ficou. Pelo menos uns cinco minutos deitando conversa fora, para que eu me sentisse acolhido e bem recebido naquela casa.

Os dias foram passando e a afinidade foi crescendo. A admiração pela sua capacidade técnica, pela avaliação eficaz e acertada que faz das pessoas, pelo empenho, pela garra, e pela capacidade de transmitir tudo isto aos outros sem grande esforço.

À medida que nos aproximávamos mais resultados obtinha o projecto onde ambos trabalhávamos. Os dois, em conjunto, construímos vários projectos, pusemos em acção várias actividades, inovámos e ultrapassamos obstáculos e vicissitudes.
O contacto diário e permanente depressa se transformou numa amizade e cumplicidade que se foi tornando evidente.

Sem me querer perder no caminho, diria que foi no crescendo desta amizade que vi uma transmutação acontecer em ambos.

Por um lado, eu aprendi a controlar (mais ou menos) uma série de vícios, hábitos, rituais e rotinas que me caracterizavam de uma maneira mais evidente do que eu queria, passando para os outros uma imagem demasiado descontrolada que não era a minha. Cresci. O confronto a que me obrigava fazia com que o meu auto-questionamento fosse cada vez maior. Originou fases de clara insegurança, porque tudo o que nos obriga a mudar, nos torna inseguros em determinada altura. Mas fez-me crescer muito enquanto pessoa e enquanto profissional. Não posso deixar de dizer que foi o que cresci enquanto pessoa que me fez a seguir crescer como profissional.
Por outro lado, a Dra. do cabelo penteado, sem um fio de cabelo solto a surgir no cabelo penteado para trás em rabo-de-cavalo, usando calça e casaco, vestuário neutro e nada exuberante foi sendo capaz de libertar no trabalho a fera que já era (deduzo) na Moita.
O cabelo solto e desgrenhado…com ar selvagem. O piercing na unha. Os decotes. A condução com velocidade furiosa… E O FUMO!
Disse-me algumas vezes: “destruíste a minha imagem!!! Fizeste com que eu mostrasse o que não queria mostrar aqui no trabalho.”
Foi percebendo que, isoladamente, a imagem “certinha” e “alinhada” não era a dela. Que precisava de ser ela. E foi. E é. Mas mantém intacta a imagem anterior. É o que é que faz dela quem é. O pack inteiro e não apenas parte.

Foste do Convento para o Cabaret e não o contrário. Ainda bem que esperaste 5 minutos na sala dos gases, que me obrigaste a pensar em mim, que me mostraste a Moita (e o teu staff) nos seus ambientes hípicos e na tarde do fogareiro. Tenho orgulho em fazer parte do teu Mundo e por me quereres nele para sempre.
Faz o favor de ser muito feliz!

Obrigado.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Acabou o privilégio!


Apanharam-me de férias e decidiram (à revelia) que fumar só mesmo na rua.
Sim, eu sei que já era um privilégio.
Sim, eu sei que já era ilegal o que se fazia.
Sim, eu sei que nem todos/as fumamos.
Blá, blá, blá, blá…
Sei isso tudo!

Mas também sei que fui saindo vencedor nesta guerra ao longo de 1 ano e meio e ainda não é desta que vou perdê-la!!!
Dou-me por derrotado nesta batalha, mas não na guerra! Em breve virá o contra-ataque…

Toda a gente tem de ir de férias, não é? Hehehehehe

Cinzeiro na Praia











Férias, sol e praia…
Descanso.
Este ano senti a falta do meu cinzeiro portátil...
Passei o tempo a apagar o cigarrinho na areia e a pô-lo no saquinho do lixo e, garanto, não é a mesma coisa.
A ideia do cinzeiro portátil ou de um cinzeiro de praia distribuído em todas as praias (e não apenas em algumas) seria uma medida de não descriminação ao fumante e ao mesmo tempo de protecção do ambiente. Matavam dois coelhos com uma cajadada só!
Actualmente, só em meia dúzia de praias é que isto acontece o que não favorece nem o ambiente, nem o próprio fumante.
Tenho de reconhecer que esta medida não teve mais sucesso por culpa nossa. Culpa dos fumantes. Isto porque alguns de nós se abarbataram aos cinzeiros que deviam ser deixados novamente na entrada das praias… Acho mal!









Vale a pena darem uma vista de olhos e prevenirem-se:

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Fumando e dançando

E embargos contra a felicidade? Era o que faltava!
Cá estão.
Em Cuba, fumando e dançando. A felicidade estampada nos rostos. O ritmo quente crescendo nos mais novos. Inato. Sem mais...

quinta-feira, 25 de junho de 2009

Em “passinhos de lã”

Estive dois dias num colóquio….
Um colóquio sobre comportamentos de risco na adolescência.

Sempre me fez muita confusão a forma como algumas pessoas categorizam os comportamentos de risco. A maneira como encaram o comportamento de risco um caminho que inevitavelmente conduz à delinquência.
Afinal o que é risco e o que não é? Não será a adolescência uma fase em que o risco é não correr riscos? Que risco é não viver na corda bamba?

Qual é o risco que se corre em cumprir sempre as regras? Em aceitar tudo o que nos impõem?
Considero que é pouco saudável não dar chatices aos pais e professores… um adolescente que não esteja zangado com os pais, não está a dar o salto para a autonomia, para a conquista da sua liberdade, para a aceitação de si enquanto pessoa.

As regras são feitas também para as transgredir…

A regra de não fazer fumo na escola traz algumas consequências que também foram debatidas no colóquio e que me levam a escrever este post.
As escolas estão mais saudáveis e mais libertas de fumo, o ar mais respirável e os intervalos mais habitáveis. Parece é que chegam agora à conclusão que ter professores, alunos e auxiliares a fumar ao portão da escola não é de grande utilidade…
Como se consegue perceber, por exemplo, que há gente a traficar ao portão da escola se esta lá tudo misturado? Como se conseguem perceber os pequenos furtos e os carteiristas com aquela gente toda a fumar fora da escola? Será que a solução é fazer dentro da escola uma zona de fumadores?

Bem… isso seria igualmente separatista, mas é com pequenos passos que as grandes batalhas se ganham.

terça-feira, 16 de junho de 2009

Nem Morto!


Alertado para este cartaz por uma caminhante fiel nesta marcha de promoção do Fumo, não posso deixar de lhe dedicar algumas palavras de sabedoria, já habituais neste espaço. E aconselho a que leiam e apreciem o excelente comentário da La payita no http://ogalodebarcelosaopoder.blogspot.com/2009/06/non-smoking-area.html.

1.º Mais uma prova em como os não fumantes, nem mortos, nos deixam em paz e que não têm mais nada para melhor lhes alimentar a alma, que não “picar os miolos” aos/às fumantes.

2.º A imagem não me parece muito esclarecedora em termos de se tratar, ou não, de uma área de não fumadores… Porquê? Porque não há nada que me indique que naquela zona de cruzes têm morada permanente um conjunto de ex-fumadores/as.

3.º Mesmo que todos/as os/as que ali estiverem forem ex-fumadores/as não é certo que seja uma zona sem fumo…as almas, como todos/as sabemos/as, não são possíveis de fotografar e, certamente, se o fossem estariam cobertas do doce aroma do fumo.

4.º Os cemitérios, pelo que sei, continuam a ser ao ar livre. Portanto, continuam a ser zonas de franco potencial para os/as fumadores/as (sem que estejam a entrar em incumprimento desta maravilhosa lei).

5.º Argumento essencial é que um/a fumador/a é sempre alguém de bem. Alguém que pratica o bem. Alguém que propaga e potencia o bem. Alguém que dissemina coisas boas e, por isso, tem lugar certinho no Céu. Ao ter lugar no Céu, não estaria ali debaixo daquela erva verde (ainda por cima sem estar sequinha - porque se o estivesse ainda podia ser fumada – e com aquele ar tão saudável que mete nojo), estaria isso sim na zona vip do Céu com vista directa para o Inferno para poder fazer fumo sempre que se quisesse.

6.º Imaginemos o mítico cemitério de Père-Lachaise, a mítica campa do mítico Jim Morrison… acham que é mesmo livre de fumo???

Só dá para dizer: “ Nem morto!!!”

sexta-feira, 29 de maio de 2009

Frustração



Lidar com a frustração não é fácil, mas é ainda mais dificil neste caso em concreto.

Não ter uma coisa.
Consegui-la.
E não podermos gozá-la?

Irra. Ca nervos!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

XUTOS. Porque às vezes os nossos gritos têm de ser mudos!

Neons vazios num excesso de consumo
Derramam cores pelas pedras do passeio
A cidade passa por nós adormecida
Esgotam-se as drogas p'ra sarar a grande ferida

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão

E o coração aperta-se e o estômago sobe à boca
Aquecem-nos os ouvidos com uma canção rouca
E o perigo é grande e a tensão enorme
Afinam-se os nervos até que tudo acorde

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga sem nenhuma razão

E a noite avança, e esgotam-se as forças
Secam como o vinho que enchia as taças
E pára-se o carro num baldio qualquer
E juntam-se as bocas até morrer

Gritos mudos chamando a atenção
P'ra vida que se joga com toda a razão

domingo, 3 de maio de 2009

P'ras mães fumantes

O que está por trás de uma senhora com esta idade a fumar vai ficando na cabeça, nos olhares e nos estereótipos de cada um/a.
Para mim, o retrato imediato é o de uma mulher de armas, corajosa que enfrentou constrangimentos diários para poder alimentar e manter este hábito. Surge-me alguém com ideais fortes, convicções e sentimentos vividos intensamente.

Será que é Mãe?

sábado, 25 de abril de 2009

Licença para fumar

“Em Portugal, durante o regime do ditador Salazar, as pessoas precisavam de uma licença para o uso de isqueiros. Essa licença, um pequeno papel oficial emitido pelo governo, custava 10 escudos e deveria ser transportado pelo dono do isqueiro. Em caso de falta da licença, o portador do isqueiro era multado em 250 escudos. Se este fosse funcionário do governo ou militar, a multa poderia ser elevada para 500 Escudos. O dinheiro recolhido das multas, tal como da venda de licenças, era repassado à Fosforeira Nacional. Sendo que, no caso das multas, 30% era destinado ao autuante. Essa percentagem poderia ser dividida com o delator, caso esse existisse. Essas directrizes foram instituídas pelo Decreto-lei 28219 de novembro de 1937 e foram abolidas em maio de 1970” (em http://pt.wikipedia.org/wiki/Isqueiro ).

O regime político que criou leis tão extraordinárias como a licença de isqueiro, foi abolido a 25 de Abril de 1974.

E agora, caros/as fumantes, parece-me que estamos quase num “Conta-me como foi” diário, real e actual que mais parece um “Diz-me como vai ser”…

Agora, como antes, faz sentido continuar nesta luta e nesta revolução diária!

Já não me espantaria muito se saísse um Decreto-Lei que obrigasse a uma licença de isqueiro, de fósforo, de maços de tabaco ou de cigarreiras…Talvez para proteger uma outra empresa qualquer, tal como o regime ditatorial protegia a Fosforeira, que naquela altura detinha o monopólio do fabrico de fósforos.

Por isso, hoje e todos os dias, devemos continuar a gritar bem alto:

25 DE ABRIL SEMPRE!
FASCISMO NUNCA MAIS!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vinganças

Muitas vezes, é nos pequenos pormenores dos outros que se identificam as suas fragilidades e também as suas potencialidades. É também, muitas vezes, através desses pormenores que pequenas vinganças se podem construir.
Aqui vai uma pequena grande vingança de um sábio.
A ti Catizz, obrigado pela partilha do poema e pela lembrança deste espaço para o fazer.

"Um sábio
não sabia fumar cachimbo

mas a mulher do sábio sabia

quando o sábio chorava
por não saber fumar cachimbo
a mulher do sábio sorria

e assim durante meses e anos

até que
no dia em que o sábio sabia que morria
não disse à mulher que sabia
por isso quando ele chorava
a mulher do sábio sorria"

(António José Forte)

domingo, 5 de abril de 2009

Não se pode fumar...

Geniais (como quase sempre) os Contemporâneos no sarcasmo acerca da proibição de fumar!
Vejam bem esta sequência:





segunda-feira, 30 de março de 2009

Fumar é um prazer genial...sensual

Cá vai um Tango para bailar, fumar e amar!



FUMANDO ESPERO (1922)

Fumar es un placer
genial, sensual.
Fumando espero
al hombre a quien yo quiero,
tras los cristales
de alegres ventanales.
Y mientras fumo,
mi vida no consumo
porque flotando el humo
me suelo adormecer...
Tendida en la chaisse longue
fumar y amar...
Ver a mi amante
solícito y galante,
sentir sus labios
besar con besos sabios,
y el devaneo
sentir con más deseos
cuando sus ojos veo,
sedientos de pasión.
Por eso estando mi bien
es mi fumar un edén.
Dame el humo de tu boca.
Anda, que así me vuelvo loca.
Corre que quiero enloquecer
de placer,
sintiendo ese calor
del humo embriagador
que acaba por prender
la llama ardiente del amor.

Letra: Félix Garzo e J. Villadomat
Música: Juan V. Masanas

quinta-feira, 26 de março de 2009

A nossa cova

Há quem queira cavar-nos a cova muito depressa e fazer-nos sentir como se cada cigarro fosse um “prego para o caixão”.
Há quem queira convencer-nos que fumando perdemos 5 minutos de vida por cigarro.
Há quem queira traçar o nosso destino de uma forma irreversível.

Por incrível que pareça, como é óbvio, todos e todas sabemos que fumar não faz bem à saúde. Mas… faz-nos bem à alma!

Por falar em alma, e em antecipação do destino de todos, eis o que alguém achou digno de um espaço para fumantes.

É bom perceber que “os outros” querem o nosso bem!
Parabéns ao artista ou à artista que pintou este tecto. Se a obra não tem nome, acho que lhe podíamos chamar… “O cúmulo do mau gosto!”



segunda-feira, 23 de março de 2009

FUMAR FAZ BEM!

Vocês já sabiam??

“A empresa German Tobacco Group AG, Frankfurt, apresentou o primeiro cigarro com vitamina E, na Inter-tabac que aconteceu em Westfalenhallen, Dortmund de 21 a 23 de setembro de 2007.
Antes visto como um “suicídio em caixinhas”, agora o cigarro pode virar o jogo assim que o S.A.L.E.-Vitamin-E, como foi batizado pela empresa for lançado pelo mundo.
A vitamina E é responsável por melhorar a circulação sanguínea, regenerar tecidos e é útil no tratamento de seios fibrocísticos, tensão pré-menstrual e claudicação intermitente. Hora de dizer adeus às campanhas que correm atrás dos maços!”

segunda-feira, 16 de março de 2009

A Esplanada com os “outros”

Pois que estou numa esplanada, pela fresquinha da manhã, bebendo o meu café e saboreando o belo cigarrinho.
Eis que surge um ser bastante aprazível ao olhar e senta-se na mesa ao lado.
Pensamento: “Olha que bela escolha fiz! E eu que nunca aqui tinha vindo?!”

Pede galão e torradas para o pequeno-almoço. Mantenho-me no meu fumo/pensamento.

Passados uns minutos inicia a sua refeição e olha para mim.
Pensamento:”Queres ver que me pergunta se quero comer qualquer coisa?” (hehehehe)
E diz: “O senhor (eu?) podia deixar de fumar? É que eu estou a comer?”
Pensamento: “Não devo ter percebido bem!”
Digo: “Desculpe?”

“Pois. É que eu estou a comer!”
Pensamento: “Que pena… percebi bem, mesmo! Lá vou ter que dizer qualquer coisa menos agradável.”

“Pois é, menina, mas estamos na rua!!!”
“Sim, eu sei, mas é que está um dia bonito e gosto de comer cá fora…”
“Tem graça… eu também acho que está um dia lindo. E… SÓ posso fumar cá fora. Se está tão incomodada, o café é para não fumadores, vá lá para dentro.”

Não foi.
E não mudou de lugar. Eu não apaguei o cigarro.

Apetece-me deixar os comentários para vocês.

sábado, 14 de março de 2009

OS CRAVAS

Há-os de variada espécie. Não estão em vias de extinção, mas sim em franca expansão.
“Efeitos da crise”, dirão alguns e algumas.

Podemos classificar os “Cravas” de acordo com determinado perfil:

O Chungoso – geralmente anda sujo/a, com fracos cuidados de higiene pessoal, tem emprego precário ou encontra-se em situação de desemprego. Crava porque tem vício, mas não tem guita.

O Carocho ou Tóxico – com algumas características semelhantes ao Chungoso, mas com algumas peculiares que lhe garantem uma categoria própria para classificação. O
Carocho ou Tóxico crava o que há para cravar. Não só o cigarrinho, como a moedinha, como o bolo, como o copo de leite, como uma vinhaça… o que calhar. Sobrevive num ciclo de vícios, e vive para o vício.

O Esquecido – Aquele que, por incrível que pareça, não pôde parar para comprar tabaco de manhã, à hora de almoço não deu tempo e quando vai para casa, não fuma… tem sempre uma quantidade infindável de argumentos para não ter com o que fazer fumo, a não ser que tenha o dos outros.

O Diário – Assumido. Não fuma. Mas fuma…do tabaco dos outros.

O “Deixei de fumar” – Mas continua com o cigarro depois do pequeno-almoço, do almoço, do café, do lanche, da imperial do fim de tarde, da preparação do jantar, do jantar, do café, da deita e do sexo. Já não compra tabaco, “que desta vez é mesmo a sério”.

O “Só fumo quando bebo” – Pois… mas devia lembrar-se de comprar tabaco antes de beber. O resultado é os fumantes a sustentar os “outros”.


Às e aos fumantes leitores, peço que indiquem novas categorias que se lembrem, para que possamos ter um retrato o mais completo possível.

sábado, 3 de janeiro de 2009

Anúncios Proibidos


Acham que impedir a publicidade ao tabaco, diminuiu o número de fumadores? Ou, pelo contrário, fez com que todos achassem que fumar era fixe? Um acto de rebeldia.

Se pararmos para pensar na maioria dos fumantes e no inicio da sua carreira de fumante, sabemos que o seu início remonta à adolescência. Adolescência que se caracteriza (também) por ser uma fase de oposição à norma implementada, por ser contra o politicamente correcto, por ser uma época de choque de gerações, altura em que não se é criança nem adulto, mas quer-se ser adulto e, por isso, decidir sozinho nem que seja à força.

Não terá vindo, a proibição de publicitar o tabaco, aumentar a "sede" de o fazer?

Se tivessem permitido a continuidade destes anúncios, seria a banalização do tabaco. E assim que graça teria? Imaginem que proibiam os anúncios aos cartões e a bancos de crédito como a Cetelem, a Credifin ou a Cofidis. Não será isso também prejudicial à saúde dos portugueses e portuguesas? Mas não seria esse impedimento que iria aumentar as Donas Brancas?

Não sei se a analogia vos faz sentido... mas divirtam-se com os anúncios.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Distracção...e então?

Cheguei agora do café.
Algumas pessoas já me tinham perguntado se tinha deixado de ser “fumante” e se já era um dos “outros”. A pergunta deixou-me contente, porque é sinal que o meu blog já fazia parte das suas rotinas na blogosfera.
É verdade que tenho estado ausente e por isso me desculpo com a minha impaciência e pouca vontade de passar à escrita o que me vai na mente.

Há, no entanto, algumas razões enormes para que isso aconteça hoje.
Faz agora um ano que um senhor importante (que não era o senhor do bolo mas podia ser), o presidente da ASAE, estava a fumar o seu belo cigarrinho no casino. Convenhamos… um senhor com aquela importância… logo no primeiro dia da lei…apanhado… no casino… a fumar… uma vergonha!!! Um senhor que devia ser o exemplo e ter deixado de fumar.
Deixem-se de histórias! O senhor fumava enquanto jogava, o que significa um dois em um espectacular. Não só fuma, como joga. Incrível. É um fumante jogante.
Não só o senhor tem todo o direito de fumar, como todos nós devíamos ter. Devia ser garantido que os pequenos cafés de bairro tivessem a mesma oportunidade do casino de poder adaptar a sua casa a fumantes e aos “outros”. Mas não têm! Afinal o casino, que é um sítio digno, sem vícios, sem maus hábitos, é uma casa que gera muito capital… para alguns. Certo? Os pequenos que se resolvam: ou é para fumantes ou para os “outros”, mas se for para fumantes, toca de instalar um exaustor de 5000 €, que isto tem de se chupar bem aqueles que vivem das 30 bicas do dia e que são pagas pelos vizinhos de cima e pelos amigos e conhecidos.
Esta é a primeira razão do meu regresso. Dar os parabéns a esta maravilhosa lei que veio libertar o país dos fumos.

A segunda é porque cheguei agora do café e aconteceu algo que não acontecia há cerca de um ano. A seguir de beber o meu cafezito, e em amena cavaqueira com a proprietária, sem dar por isso acendi um cigarro. Acendi e continuei a falar com ela. Falando e fumando. De repente, a empregada diz “Olha lá, não está aí qualquer coisa a mais?” Fiquei estupefacto a olhar para a proprietária e ela para mim. Caí na realidade e saí do café num passo apressado, quase fugitivo. No caminho a pé para casa pus-me a pensar no que aconteceu e fiquei irritado comigo. Mas porque saí daquela maneira do café? Quase como se tivesse batido em alguém ou insultado todas as pessoas lá presentes? Eu apenas acendi um cigarro… inconscientemente… nem a proprietária reparou. É triste. Fiquei com vontade de voltar atrás e sentar-me numa cadeira a fumar o belo do cigarrinho, pedir o cinzeiro e olhar para toda a gente como se fossem eles os foras-da-lei.

A terceira razão foi ter contado isto em primeira-mão a uma das fumantes e ela me ter inspirado e incentivado a reanimar este espaço. A ver vamos se terei capacidade para o manter activo. Por enquanto cá fica o regresso.