sábado, 25 de abril de 2009

Licença para fumar

“Em Portugal, durante o regime do ditador Salazar, as pessoas precisavam de uma licença para o uso de isqueiros. Essa licença, um pequeno papel oficial emitido pelo governo, custava 10 escudos e deveria ser transportado pelo dono do isqueiro. Em caso de falta da licença, o portador do isqueiro era multado em 250 escudos. Se este fosse funcionário do governo ou militar, a multa poderia ser elevada para 500 Escudos. O dinheiro recolhido das multas, tal como da venda de licenças, era repassado à Fosforeira Nacional. Sendo que, no caso das multas, 30% era destinado ao autuante. Essa percentagem poderia ser dividida com o delator, caso esse existisse. Essas directrizes foram instituídas pelo Decreto-lei 28219 de novembro de 1937 e foram abolidas em maio de 1970” (em http://pt.wikipedia.org/wiki/Isqueiro ).

O regime político que criou leis tão extraordinárias como a licença de isqueiro, foi abolido a 25 de Abril de 1974.

E agora, caros/as fumantes, parece-me que estamos quase num “Conta-me como foi” diário, real e actual que mais parece um “Diz-me como vai ser”…

Agora, como antes, faz sentido continuar nesta luta e nesta revolução diária!

Já não me espantaria muito se saísse um Decreto-Lei que obrigasse a uma licença de isqueiro, de fósforo, de maços de tabaco ou de cigarreiras…Talvez para proteger uma outra empresa qualquer, tal como o regime ditatorial protegia a Fosforeira, que naquela altura detinha o monopólio do fabrico de fósforos.

Por isso, hoje e todos os dias, devemos continuar a gritar bem alto:

25 DE ABRIL SEMPRE!
FASCISMO NUNCA MAIS!

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Vinganças

Muitas vezes, é nos pequenos pormenores dos outros que se identificam as suas fragilidades e também as suas potencialidades. É também, muitas vezes, através desses pormenores que pequenas vinganças se podem construir.
Aqui vai uma pequena grande vingança de um sábio.
A ti Catizz, obrigado pela partilha do poema e pela lembrança deste espaço para o fazer.

"Um sábio
não sabia fumar cachimbo

mas a mulher do sábio sabia

quando o sábio chorava
por não saber fumar cachimbo
a mulher do sábio sorria

e assim durante meses e anos

até que
no dia em que o sábio sabia que morria
não disse à mulher que sabia
por isso quando ele chorava
a mulher do sábio sorria"

(António José Forte)

domingo, 5 de abril de 2009

Não se pode fumar...

Geniais (como quase sempre) os Contemporâneos no sarcasmo acerca da proibição de fumar!
Vejam bem esta sequência: